domingo, 29 de agosto de 2010

O dia da solidariedade: e o seu desfecho perfeito.

Oi ornitorrincos :)
Não tem aqueles dias que acontecem coisas com a gente que nunca poderíamos pensar que aconteceria? Eu sei que foi meio confuso, mas acho que deu pra entender mais ou menos: Aconteceram e eu fiz coisas no dia de ontem que me surpreenderam. É o seguinte.

Ontem, dia 28 de agosto, não aconteceu só o McDia Feliz como evento solidário. E olha que esse eu conheço bem; já fui beneficiada com o projeto. É que na minha cidade, várias pessoas saíram nas ruas ontem recolhendo alimentos para o asilo, e quem estava lá também participando? É claro, a Vivência Cristã. Não é a primeira vez que saímos as ruas. Lembram do memorável Free HUGS, certo!? *-*

Vários jovens da Vivência se dividiram em grupos, e nos espalhamos pelos bairros da cidade. O meu grupo foi num bairro conhecido como "Guaraná", estávamos em sete. Histórias do dia: Uma mulher, ao ver uma de nós na porta de sua casa fingiu um desmaio, só pra não ajudar. Umas outras senhoras, não haviam feito compras no mês, uma mulher só não quis ajudar, e recebemos, pelo menos, duas sacolas vazias. Sem contar que eu passei em uma casa da onde saiu um homem grandão, com uma camiseta de Jiu-Jitsu, que me disse: "Isso é pro asilo mesmo, você não vai levar pra sua casa não??" Primeiro pensamento: Pronto, o homem vai me dar uma surra, CORREEEEEEEEE!!

No entanto, o que mais me emocionou foi quando passei na casa de um senhor que tinha dois filhos. Eu acho que ele estava trabalhando em casa, e quando eu bati, vi sua filha com um gatinho de pelúcia branco na mão, brincando com ele. O senhor saiu e disse que não tinha nada. Mas se eu esperasse, ele ia até a venda comprar alguma coisa para doar. Fiquei estática aonde estava. Afirmei que esperava, e fiquei pensando como as pessoas são. Essa foi a primeira surpresa do dia para mim. É óbvio que eu já esperava vários "nãos", mas esse episódio me marcou tanto, que eu fiquei com vontade de chorar; quem me conhece sabe que era a ocasião perfeita para uma choradeira danada. Mas fiquei firme, e quando vi aquela família virando a esquina, com o menino correndo na frente para pegar uma sacola em casa e entregar o litro de óleo para mim, fiquei imaginando se super-heróis são assim; os de verdade e existem realmente na nossa vida. Me senti pequena e frágil. O dia de ontem marcou pra mim não só de eu ter ajudado em uma causa tão importante, mas também me mostrou realidades tão distantes, pessoas que compartilham da mesma situação, e escolhem entre a mesquinharia ou a solidariedade. 


Depois que terminamos, me juntei a um novo grupo e parti para outro bairro, em cima de uma caminhonete tão alta, que precisei da ajuda de um amigo meu para subir. Coitado. Que bom que eu estou emagrecendo. Mas isso não vem ao caso! Peguei a manha de subir e descer da caminhonete já no fim, (depois de quatro horas andando pelas ruas - das nove da manhã às uma da tarde), mas peguei. Quisera eu que não tivesse pegado. Explico.

Chegamos no asilo para almoçar, e depois íamos continuar até as cinco da tarde. É óbvio que eu ficaria. Repararam o ia? Ao descer da caminhonete pela última vez, parece que o meu lindo pé não gostou da ideia de continuar andando de tarde, e resolver torcer, AH, QUE BELEZA!
Vim mancando pra casa, e quanto mais tempo ia passando, mais o meu pé doía. Eu não conseguia relar ele no chão; fiquei pulando pra lá e pra cá que nem um saci. Fui pro pronto-socorro e o médico me receitou uma injeção em lugar que não pretendo comentar, e daí eu fiquei pulando pra lá e pra cá que nem saci, só que torto. Bem, agora estou melhor, mas continuo com a consciência de ter perdido uma super-party ontem a noite, meu pé continua dolorido, e eu volto a ser aquela minha velha conhecida: a misteriosa super Mulher - Tomate.

Bjs bjs ornitorrincos *

3 comentários:

  1. Oi Juliana, Claudinha Ornitorrinco escrevendo (e como eu me identifico com este animal!). Eu fico muito emocionada com a atitiude de vocês jovens e da Vivência enfim. O valor de ser solidário tem que ser mostrado assim. Minha filha estava junto e sentiu assim como você, grata, bem consigo mesma.
    Parabéns a vocês, aos meninos da organização e a todos os que colaboraram.
    Um beijo!

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  2. Realmente, Claudinha, foi um dia inesquecível na vida de todos nós que participamos. Foi muito bonito ver quantos jovens da vivência estavam ajudando. Também fiquei muito emocionada! :)

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