domingo, 22 de março de 2015

A dor da saudade...

Qual seria o jeito certo de se inciar uma conversa quando as pessoas envolvidas estão, no caso, a beira de cinco meses sem se falar? O motivo não é briga, falta de tempo, nem mágoa. E quando o motivo do afastamento é tão inexplicável que te sufoca tentar achar razões para estar distante daquilo que sempre te fez bem? A falta de assunto já não age como desculpa. E eu sei muito bem - inclusive sou defensora ferrenha de que, se você sente saudade de algo ou alguém; se essa saudade é sincera e chega a te causar uma dor tão intensa que parece ser uma dor física, de algum jeito essa saudade pode ser aniquilada. Não importa como. Não existem desculpas.

E é com esse "não pedido" de desculpas que eu dou início a esse post, sem saber explicar a minha ausência. Muitas coisas aconteceram, nossa, e como. Mas eu não tive vontade de escrever. Eu tive tempo, minhas férias foram eternas. Tive assuntos para discutir, tópicos nos quais eu pensei aleatoriamente depois de acontecimentos simples (e outros não tão simples assim). Mas tive um bloqueio. Não sei se foi um problema criativo ou simplesmente desânimo. Não sei, não sei.

E talvez seja esse o maior problema.

No decorrer da minha escrita, vou repassar os meus primeiros quatro meses e três semanas na casa dos vinte anos. Vou tentar descobrir, enquanto escrevo, o que causou esse desânimo. Uma diminuição do meu talento, talvez? Um amadurecimento que não me fez ter mais vontade de falar sobre a minha vida? Um acontecimento dramático? Não acredito em nenhuma das hipóteses. Continuem a ler, se preferirem.