quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ano bom é aquele que começa com grandes turbulências...

Olha só quem resolveu aparecer esbarrando em dois meses de ausência... Depois de uma postagem tão depressiva quanto a última, não que não tivesse muita, MUITA coisa pra contar. Eu só devo admitir que não me deu vontade de escrever. Eu sei que isso parece egoísta, mas não vou mentir para vocês, meus ornitorrincos lindos. Maaaaaaas, antes de qualquer coisa, FELIZ 2013!! Minha nossa, esse é o primeiro post do ano e antes que eu possa desenrolar todo o meu final e começo de ano pra vocês, eu só quero desejar que esse ano seja tudo que 2012 não foi para vocês... Pelo menos é o que eu desejo para mim haha (:

Mas então permitam-me contar como a minha carreira de midióloga chegou a seu trágico fim sem ao menos um começo. Como eu resolvi seguir a área da saúde e como finalmente meu coração me fez enxergar uma verdade que eu não poderia fugir por mais muito tempo. Continuem lendo! *-*

Meu final de ano não foi lá uma maravilha. Ok, eu fiz 18 anos e ameei o meu aniversário. Mas daí um pouco antes de dezembro começar, eu fiz a cirurgia que expliquei para vocês no post anterior. Se bem que um termo melhor teria sido dizer que fiz o maior drama, mas enfim. Essas coisas acontecem, certo? Eu perdi festas de fim de ano, perdi o Reciclafé e fiquei entocada em casa por quase um mês e meio. Durante todo esse tempo eu só saí de casa para ir na minha vizinha no natal e para ir ao consultório do meu doutor, que diga-se de passagem é o melhor médico do mundo. Ou seja, perdi toda a graça da minha Jacutinga enfeitada de natal. Mas pelo menos eu não fiquei tão sozinha quanto eu imaginei. Quando eu vi pela primeira vez o meu rosto, jurei que nenhum amigo meu nunca me veria assim. Mas a verdade é que eu sinto saudade deles e Deus é tão bom pra mim que fizeram alguns deles sentirem falta de mim também. Então a grande testa fez o seu sucesso, e foi passageira. Dia 7 de janeiro eu fiz a cirurgia que removeu a "bolsa" que ficava na minha testa e o doutor colocou a pele no meu nariz, só que sem a modelação necessária; por isso uma terceira cirurgia teria de ser feita, e ela foi feita ontem. Só que a pele não estava tão bem quanto o Doc (apelidinho carinhoso haha *-*) esperava, então daqui três semanas eu farei uma quarta cirurgia. Eu só espero que essa seja definitivamente a última dessa etapa, mas vamos ver.

Só que o maior problema, que está realmente ocupando a minha cabeça, é esse bendito desse futuro. E sabe quem bagunçou todos os meus planos? Sim, ela mesmo.

A UNICAMP.

Não passei para segunda fase, ornitorrincos! Não passei! Depois de todo um ano dedicado a ela, depois de ter passado dois anos consecutivos, esse ano não passei nem para a segunda! E olha que acertei dez questões a mais do que do último ano. Vai entender... Mas com isso não me preocupei por muito tampo, sabem... Porque a minha segunda cirurgia foi 6 dias antes das provas dissertativas e eu nunca conseguiria fazer uma prova passável toda enfaixada e com o rosto parecendo que tinha sido enfiado em um formigueiro. É sério!! Meu olho, que estava tampado também, coçou muito, mas muuuuito, tanto que eu fiquei sem dormir direito por três noites. De qualquer jeito eu não passaria. mas que fiquei meio chateada de não ter nem ido pra segunda fase, fiquei.

Só que eu fui bem no Enem. Então fiquei esperançosa por uma vaga na UFSCar, Imagem e Som. SÓ QUE A REDAÇÃO DESTRUIU MINHA MÉDIA E PUXOU MEUS 811 PONTOS DE MATEMÁTICA - sim eu gritei matemática - PRA 695. E a nota de corte para ampla concorrência era 745. Adeus, São Carlos.

Resolvi não perder meu Enem jogando minha nota na UFSCar. Então eu pensei cá com os meus botões e procurei alguma outra coisa que eu gostaria de fazer. E é claro que minha cara enfaixada voou lá para os hospitais e acabou pousando no Boldrini. Me imaginei cuidando de pessoas como eu, pra ser mais exata, crianças com câncer, pra ser maaaaaaais exata: eu teria que terminar no Boldrini, de um jeito ou de outro. Então joguei minha nota em Alfenas, enfermagem. E não fiquei surpresa quando eu passei e decidi que iria. Isso dividiu opiniões dos meus amigos. Uns falaram que eu seria uma ótima enfermeira, outros que não tinha absolutamente nada a ver comigo, outros que eu nunca conseguiria ganhar dinheiro com isso e duas amigas minhas disseram exatamente o que eu precisava ouvir: Você tem que estar feliz com essa escolha. Você está? Então faz o que o seu coração mandar.

Mas meu coração nunca me mandaria de volta para o Boldrini. Não depois de tudo que já aconteceu comigo, com uma grande parte da minha vida tendo sido passada lá. Eu fui muito boba ao sequer considerar isso. Então, acho que pela primeira vez, eu quis ouvir o que meu coração realmente queria me dizer.

Eu nunca dirigiria alguém em um palco. Nem escreveria roteiros, produziria cenários ou as tantas outras coisas que a Midialogia e a Imagem e Som me preparariam para. A verdade é que eu quero ser dirigida no palco, decorar os roteiros, usufruir dos cenários. Caramba, eu não quero estar atrás das cortinas ou da câmera. Nada me dá tanto prazer quanto atuar, cantar, ver que as pessoas gostam do que eu faço. Eu não sei se demorei pra perceber, ou eu só não queria mesmo. Mas eu finalmente resolvi que assim que terminar essas cirurgias eu vou entrar em um curso de teatro e depois me especializar em teatro musical. Vou tirar minha carta de motorista e aprender como tocar os negócios do meu pai, coisas que eu também não posso deixar para trás. Por isso acho que vou acabar fazendo um curso de administração, mas o meu caminho é o teatro. É em cima de um palco que meu coração bate mais forte. E tem pessoas que dizem que eu sou uma boa "atriz". No final das contas nem a Unicamp iria me satisfazer completamente, e eu estou feliz com os rumos que eu resolvi seguir.

Olhem aí minhas peripécias que vieram parar aqui no blog haha aqui, aqui, aqui, aqui *-*

Ah ornitorrincos. A única coisa que eu quero é que Deus me abençoe, e abençoe a todos nós :)
E seja bem vindo a 2013, Mistérios de Juliana! :D

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