terça-feira, 16 de setembro de 2014

Ao amor da minha vida

Hoje é um dos dias mais lindos do ano. Não, não é aquele dia do qual estamos a 46 dias de distância, que é o mais lindo do ano :D

Mas é um aniversário muito especial. De “alguém” que eu conheço a minha vida toda, tanto tempo quanto conheço os meus pais. Assim que eu nasci, fui apresentada à aniversariante de hoje, e dela não me desgrudei mais.

Ou quase.

Quando eu fiz quimioterapia, morava mais no hospital do que em casa, eram duas semanas lá, uma em casa. Esse período foi a primeira vez que me afastei desse “ente querido”. Agora, que faz um ano e um mês que eu moro fora, só a vejo nos finais de semana, isso quando eu vou pra casa. Quando não vou, fica a saudade que eu nunca imaginei que seria tão grande. E que ironia, de algo tão pequeno.

Continuem lendo pra vocês saberem de quem eu estou falando!


Hoje, 16 de setembro, é aniversário da minha linda cidade natal, da minha linda Jacutinga. Mais uma vez, estou longe, e mais uma vez, a vontade de voltar correndo é enorme.

Não me entendam mal, ornitorrincos. Amo morar fora e sozinha, gostei de Campinas o ano passado e Itajubá me conquistou. Meus sonhos não podem ser realizados em Jacutinga e talvez eu nem volte a morar de verdade lá depois que eu me formar, se eu quiser correr atrás daquilo que eu quero (que diga-se de passagem, não tem naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada a ver com administração, mas enfim). Mas Jacutinga é o meu lar. É um lugar onde eu me sinto bem. Todo final de semana que eu volto pra casa, me arrepio só de ver as plaquinhas anunciando cada vez menos quilômetros de distância entre nós.
E se engana quem pensa que tudo isso é saudade das pessoas. É lógico que sinto sim, muitas vezes de quem não merece, mas o que me deixa mais saudosa é o lugar mesmo. A calma. O conhecer todo mundo.

Isso pode ser considerado também um dos inúmeros defeitos da minha cidade, que também peca na administração da saúde, a educação que poderia ser melhorada e todos esses problemas que por vezes me deixam revoltada. Mas apesar de tudo isso, Jacutinga me faz falta. Tanta falta que aqui em Itajubá eu vivo falando dela, sempre comparo. “Ah, lá em Jacutinga não é assim não hein!”, “Nossa, mas lá em Jacutinga você não pode falar o nome de ninguém na rua que corre o risco do primo dele estar bem atrás de você” HAHAHAHAHAHHAHAHAHAH

E os ornitorrincos jacutinguenses sabem que é bem assim mesmo.

Ah, vida de cidade pequena kkkkkkkkkk

E é bem pequenininha e eu gosto assim, defendo mesmo! Pra mim, cidade grande não tem vez. Posso vir a morar em uma outra cidade grande futuramente, mas o sentimento vai ser sempre o mesmo: “Daqui três semanas volto pra Jacutinga, deeeeixa eu arrumar as malas” HAUSAUSUAHSUHASUHA

O que eu queria mesmo hoje era deixar registrado o amor pela minha cidade e a minha saudade. Nem ligo se tem jacutingas gigantes nas entradas da cidade que mais se parecem com galinhas d’angola (pra quem não sabe, jacutinga é uma ave). Nem ligo se temos apenas aproximadamente 25 mil habitantes, aliás, amo-a mais ainda por isso.


É o meu pequeno berço e o amor da minha vida. É minha e nenhuma outra cidade me compra. Não tem nada pra fazer lá, mas eu sou bem preguiçosa mesmo então tá tudo certo! Haha

Pra finalizar, queria mostrar pra vocês um dos meus lugares preferidos de Jacutinga. É uma das lindas vistas do lugar onde meu pai nasceu, a longínquos 64 anos atrás kkkkk


Apenas esse lugar me dá a paz que só Jacutinga é capaz de dar. É lindo, é sul de Minas e é meu. Meu e do meu coração.

Parabéns, Jacutinga! Que eu possa ser capaz de sempre voltar a pisar no seu chão e amá-lo, agora que eu sei como é sentir sua falta.

Um beijo, ornitorrincos!

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