Mas é um aniversário muito especial. De “alguém” que eu
conheço a minha vida toda, tanto tempo quanto conheço os meus pais. Assim que
eu nasci, fui apresentada à aniversariante de hoje, e dela não me desgrudei
mais.
Ou quase.
Quando eu fiz quimioterapia, morava mais no hospital do que
em casa, eram duas semanas lá, uma em casa. Esse período foi a primeira vez que
me afastei desse “ente querido”. Agora, que faz um ano e um mês que eu moro
fora, só a vejo nos finais de semana, isso quando eu vou pra casa. Quando não
vou, fica a saudade que eu nunca imaginei que seria tão grande. E que ironia,
de algo tão pequeno.
Continuem lendo pra vocês saberem de quem eu estou falando!
Hoje, 16 de setembro, é aniversário da minha linda cidade
natal, da minha linda Jacutinga. Mais uma vez, estou longe, e mais uma vez, a
vontade de voltar correndo é enorme.
Não me entendam mal, ornitorrincos. Amo morar fora e sozinha,
gostei de Campinas o ano passado e Itajubá me conquistou. Meus sonhos não podem
ser realizados em Jacutinga e talvez eu nem volte a morar de verdade lá depois
que eu me formar, se eu quiser correr atrás daquilo que eu quero (que diga-se
de passagem, não tem naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada a ver com administração, mas enfim).
Mas Jacutinga é o meu lar. É um lugar onde eu me sinto bem. Todo final de
semana que eu volto pra casa, me arrepio só de ver as plaquinhas anunciando
cada vez menos quilômetros de distância entre nós.
E se engana quem pensa que tudo isso é saudade das pessoas.
É lógico que sinto sim, muitas vezes de quem não merece, mas o que me deixa
mais saudosa é o lugar mesmo. A calma. O conhecer todo mundo.
Isso pode ser considerado também um dos inúmeros defeitos da
minha cidade, que também peca na administração da saúde, a educação que poderia
ser melhorada e todos esses problemas que por vezes me deixam revoltada. Mas
apesar de tudo isso, Jacutinga me faz falta. Tanta falta que aqui em Itajubá eu
vivo falando dela, sempre comparo. “Ah, lá em Jacutinga não é assim não hein!”,
“Nossa, mas lá em Jacutinga você não pode falar o nome de ninguém na rua que
corre o risco do primo dele estar bem atrás de você” HAHAHAHAHAHHAHAHAHAH
E os ornitorrincos jacutinguenses sabem que é bem assim
mesmo.
Ah, vida de cidade pequena kkkkkkkkkk
E é bem pequenininha e eu gosto assim, defendo mesmo! Pra
mim, cidade grande não tem vez. Posso vir a morar em uma outra cidade grande
futuramente, mas o sentimento vai ser sempre o mesmo: “Daqui três semanas volto
pra Jacutinga, deeeeixa eu arrumar as malas” HAUSAUSUAHSUHASUHA
O que eu queria mesmo hoje era deixar registrado o amor pela
minha cidade e a minha saudade. Nem ligo se tem jacutingas gigantes nas
entradas da cidade que mais se parecem com galinhas d’angola (pra quem não
sabe, jacutinga é uma ave). Nem ligo se temos apenas aproximadamente 25 mil
habitantes, aliás, amo-a mais ainda por isso.
É o meu pequeno berço e o amor da minha vida. É minha e nenhuma outra cidade me compra. Não tem nada pra fazer lá, mas eu sou bem preguiçosa mesmo então tá tudo certo! Haha
Pra finalizar, queria mostrar pra vocês um dos meus lugares preferidos de Jacutinga. É uma das lindas vistas do lugar onde meu pai nasceu, a longínquos 64 anos atrás kkkkk
Apenas esse lugar me dá a paz que só Jacutinga é capaz de dar. É lindo, é sul de Minas e é meu. Meu e do meu coração.
Parabéns, Jacutinga! Que eu possa ser capaz de sempre voltar a pisar no seu chão e amá-lo, agora que eu sei como é sentir sua falta.
Um beijo, ornitorrincos!
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